Presenteísmo
Corpo presente, Mente ausente
A primeira pergunta é recorrente: o que é presenteísmo? Este conceito remete a um fantasma. Sim, imagine um corpo presente, ocupando espaço físico. No entanto, um ser distante, muito distante em mente ou comportamento! Com relação ao fantasma, refiro-me a algo que aterroriza os empresários e gestores. Uma vez que se trata de um mal subterrâneo que, atenuando o capital humano, impacta o desempenho organizacional em todos os seus aspectos.
Ao falar de Presenteísmo, estamos falando de um fenômeno intangível e crônico. Característico de um estado psicológico de alguém que, por uma infinidade de razões, perde a concentração, a motivação, a produtividade. E muitas vezes, vive um drama que compromete até a sua segurança.
Pelos lapsos de atenção que gera, dependendo do cargo e função do colaborador, os riscos deste comportamento para a segurança no trabalho são elevados.
Este tema mora em uma camada profunda de avaliação, afinal, suas razões não se limitam a fatores pessoais, como é comumente visto. Trata-se de um comportamento que também pode ser determinado por fatores organizacionais.
Será que o impacto de uma separação, por exemplo, pode ser o gatilho para que um colaborador exemplar possa entrar em um quadro de presenteísmo? E as questões relacionadas à própria qualidade de vida no trabalho, não são também impactantes?
Enfim,
este tema começa a fazer parte do universo de pesquisas avançadas que buscam medir o desempenho individual e das equipes. É um tema novo, instigante e necessário de ser aprofundado pelos gestores de Recursos Humanos e alta direção, afinal, ele surge para desafiar.
Este é um dos objetos de estudos da Spin Off INTEGRARE, empresa nascente de um projeto de pesquisa do GAIA CTI. Como uma parceira da Razão Humana Consultoria, a INTEGRARE surge com indicadores de performance, entre eles o People Analytics. Oferecendo ferramentas de avaliação que consideram o presenteísmo como um dos indicadores.
Os protocolos de saúde no trabalho ainda não conseguem capturar este problema com indicadores precisos, justamente por ser algo intangível.
Assim, o desafio é dar luz ao tema e conseguir capturar seus impactos e as maneiras como medi-lo e contorná-lo de forma eficiente.
Bem vindo ao campo da saúde mental, um tema estigmatizado que ainda gera preconceitos nas organizações.
08/2016 por Helena Ribeiro
HELENA RIBEIRO
Pós-Graduada em Gestão Estratégia Global de Negócios, pelo INPG – Bacharel em Administração de Empresas – PUCCAMP e Mestrado em andamento/UNICAMP. Formação em Coaching Executivo e Empresarial – Certificado pela ABRACEM e Analista DISC.
Empresária, fundadora da RAZÃO HUMANA Consultoria. Atua como Coach, Consultora Sênior, Palestrante, Escritora e Colunista. E especialista na aplicação da metodologia experiencial (TEAL).
Autora do livro: VOCÊ, a Águia e a Natureza – O Despertar Experiencial do VOCÊ S.A.
Autora do e-Book: Oito Competências do Profissional Águia –
Coautora dos dois manuais sobre COACHING.
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